terça-feira, 8 de abril de 2008

Cada dez preocupações geralmente valem por um único problema de fato... em média.

Começa na cabeça, desce para o peito, aumenta, chega nos braços, irradia para as pernas. Fecho os olhos, respiro, o rosto ganha cor. A situação se repete a cada novo. A cada incomum, alheio. Muitas vezes me impressiono com minha capacidade de mudar meu humor quase sempre irreverente por motivos ingenuamente banais. Mas venho melhorando, juro. A neurose me consome na medida em que me sinto ridículo por saber que mais uma vez queimei neurônios num momento em que poderia tê-los poupado. Um dia sei farão falta. Quando esqueço de enxergar o copo da vida meio cheio a ansiedade pelos passos possivelmente mais largos que as pouco treinadas pernas dá espaço à revolta tímida. Quero mais. Todos querem. Querer só não basta. Quando a insanidade momentânea foge de mim volto a entender que o caminho tem sido trilhado de uma maneira ilustre. Talvez não a ideal, talvez não a mais curta. Mas é uma maneira. Algumas são as palavras-chaves. ‘Paciência’ é, provavelmente, uma das mais importantes nesta escala quase darwiniana. A evolução existe, mas nem sempre chega de 0 a 100 como um motor V8. O sucesso é um carro popular que com o acréscimo de equipamentos sofisticados pode se transformar num esportivo de luxo. Mas pode demorar. Somos mecânicos de um sedan ultrapassado. Restauramos, consertamos, improvisamos. Cada vitória, uma peça a mais rumo a um Lamborghini. Cada stress desnecessário, um parafuso que se solta na estrutura metálica. Espero que as ferramentas das quais disponho sejam suficientes de fato.

Um comentário:

Brenda Filan disse...

É incrível a maneira como você se descreve. Leio os posts e vejo que a descrição que você usa para falar de si mesmo é fantástica. Que forma bárbara de se descrever.
Não canso de dizer que tudo o que você escreve é tão expressivo que dá vontade de ler, ler, ler...

Brilhante.