sábado, 4 de julho de 2009

Christina Siani "twittará"?

Eu "twitto", tu "twittas", ele "twitta", nós "twittamos", vós "twittais", eles "twittam". É, meu amigo, a internet inventou mais esse verbo. Mais um entre tantos “neologísticos” verbos e substantivos ponto com. Pois é, porque hoje eu "inicializo" meu dia de trabalho, "deleto" da memória a vontade de jogar futebol quando vejo o sol lá fora e faço o download da pauta do dia com a minha chefe. Depois eu faço um update na minha agenda e "baixo" os assuntos nos quais eu preciso me atualizar. Um backup de todas as fontes bacanas com quem eu conversar é sempre bom. Tem sido mais ou menos assim.

Só que repetir todo esse aparato vocabular tecnológico pra minha mãe é ensinar mandarim pra um jamaicano que fala só esperanto. Por mais que eu tente não tem jeito. Não consigo incluí-la digitalmente. Nem com programa do governo. Até endereço de e-mail eu já criei pra ela, mas nada. Ela insiste em viver como na década de 70, quando ainda gozava da então jovialidade pra conquistar admiradores do caráter e da beleza inenarráveis que ela ostentava. Imagino naquela época como deveria ser viver sem Orkut, msn. Sem poder visitar o blog do pretendente, sem poder dar uma “googada” na vida alheia pra saber se vale a pena chamar pra sair, ficar só amigo ou nem isso.

Agora com esse tal de twitter a ilusão veio à tona. Cara, eu sigo o Marcelo Tas, o Millôr Fernandes e o Marcelo Adnet. Mas por um acaso você acha que eles vão me dar ao menos um "oi, tudo bem como vai" se passarem por mim na rua, é? Tipo: “Opa, você não é o cara do twitter?”. Não! Só que “twittando” eles podem ser meus amigos de infância. Bicho, isso é muito doido. Com o Orkut não era assim não. Esse tal de twitter tá revolucionando o mercado dos deslumbrados cheios do mundo real.

Mas tudo bem, também sigo o G1, SBT Brasil, a CNN, The Economist... o que é bom. Porque assim tenho a sensação de que não estou alimentando o vício do inútil, como acontecia e ainda acontece com o Orkut. Orkut é entretenimento. No meu twitter pelo menos de vez em quando vêm umas manchetezinhas lá. Já dá pra se informar mais ou menos. E o bom é que eu sei como foi o treino do Corinthians hoje pelo post do globoesporte.com e sei também o que o Mano Menezes achou do Ronaldo na última partida pelo comentário dele numa discussão “twittatória”. Não é o máximo? Eu acho! Acho e vou continuar achando como já achei um dia que o ICQ, com aquelas florzinhas ridículas e aquele “óow” irritante avisando que uma mensagem chegou, era a melhor invenção da humanidade. Conclusão: Não é que tudo que é bom dura pouco, é que hoje em dia a duração de tudo que parece ser bom depende da capacidade criativa do homem em logo mais ali na frente inventar outra coisa que vai deixar o espetacular só no inconsciente coletivo de cada um. E tenho dito!

Um comentário:

Jhonatan Mazini disse...
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